Curva crescente de vítimas jovens no trânsito

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Entre os anos de 1980 e 2008, o Brasil se consolidou como o 10º país com maior número de casos de mortalidade por acidentes de trânsito: foram 38 mil vítimas. A taxa de acidentes aumentou anualmente desde 1988. O único momento que houve uma queda considerável de número de acidentes foi entre 1997 e 2000, quando foi promulgado novo Código Nacional de Trânsito.

Nos países desenvolvidos vem ocorrendo, por sua vez, políticas mais eficazes e permanentes para reduzir o número de acidentes, e, também, de diminuir a cada ano, a frota de veículos nas ruas. Essa comparação com os países desenvolvidos mostrou que, proporcionalmente à população, o trânsito brasileiro mata 2,5 vezes mais do que nos Estados Unidos, e 3,7 vezes mais do que na União Européia.

Anualmente, 400 mil jovens menores de 25 anos falecem em acidentes de trânsito, segundo Organização Mundial de Saúde. Por sua vez, outras milhões de vítimas nas avenidas sofrem ferimentos graves ou se tornam incapacitados. E, sim, a população juvenil logo também é principal vítima desse tipo de acidente: a partir de 2003, as taxas cresceram de forma bem mais acentuada, 15 vezes mais que os índices do resto da população. As vítimas fatais do trânsito no Brasil continuam sendo jovens homens de municípios de pequeno e médio porte.

Pelas estatísticas, é possível perceber que a morte de pedestres – e, de forma menos acentuada, a de ciclistas – no trânsito aumenta com a idade: baixos índices de mortalidade nas crianças, adolescentes e jovens. A única categoria que concentra mortalidade na faixa jovem é a dos motociclistas, homens, com taxas extremamente elevadas dos 19 aos 22 anos de idade.

Apesar do alto número de falecimentos de jovens em decorrência do trânsito em São Paulo, os maiores índices se concentram no Norte e Nordeste. E, principalmente, no interior brasileiro, em municípios de pequeno e médio porte. Na tabela acima, podemos comparar o número de casos registrados e o índice de mortalidade nos estados e regiões do País.

Em dados gerais, independente da faixa etária, percebemos que exceto Guarujá e São Vicente, todos os outros municípios da Baixada Santista se concentram na lista das mil cidades com maior incidência de vítimas fatais no trânsito – todas essas com taxa acima de 20 mortes a cada 100 mil habitantes. Deve-se considerar também que Praia Grande e Santos são as únicas cidades, que, por conta do seu tamanho populacional, possuem mais de 50 falecimentos neste tipo de acidente.

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